quarta-feira, 21 de março de 2012

Sinto inveja da solidão das casas solitárias de colinas, daquelas que as portas estão sempre fechadas para nos deixar mais sós.

sábado, 17 de março de 2012

Num relacionamento conjugal quase sempre está reservado ao homem à pecha mentiroso, enganador e traidor. Nós, homens sérios, honestos, pagamos pelos erros de alguns cabras que abusam das desculpas esfarrapadas.

Pois bem, Zé*, casado com a mesma mulher há uns oito anos, vida financeira estável, onde é proprietário de comércio no ramo de confecções, tem um grande defeito: a traição. Trata-se de uma cara muito mulherengo, desses que não pode ver um rabo de saia e logo vai “a captura”, como ele mesmo diz. Como é casado, Zé sempre procura uma forma de esconder suas travessuras da esposa. Para se comunicar com as amantes Zé utiliza um artifício bem conhecido pelos homens (não sei as mulheres) - não salva o nome das amantes no telefone, usa nomes fictícios, como, Luiz pedreiro ou Paulo da borracharia.

Depois de mais uma madruga fora de casa, Zé chegou às cincos da manhã e foi direto dormir. Depois de alguns minutos de sono ele é acordado às tapas pela sua esposa, que lhe acusa de cabra safado, cretino, traidor; sem saber o que estava acontecendo (que inocência!), o marido pergunta calmamente a mulher o porquê daquilo tudo; a mulher muito brava, esfregando o telefone do marido na face dele, lê uma mensagem de texto que acabara de chegar, dizia a mensagem: A noite de ontem foi maravilhosa, espero que se repita por milhares de vezes. Beijo na sua boca gostosa. De: Paulo da borracharia.

*Nome fictício

sexta-feira, 16 de março de 2012

Umas das maravilhas da vida é ter histórias para contar, disso não posso me queixar! De tantas histórias, várias tem o mesmo personagem: José Berto (de batismo), Amaral(apelido). Pedreiro, pintor, negro, incapaz de praticar o mal, pobre, solidário, realista, uma figura!!

Certa dia, estávamos bebendo com mais alguns amigos, como sempre fazíamos, dessa vez na casa de Amaral, casa não, no quarto. Era uma espécie de pensionato, com cerca de 8 quartos, que abrigavam famílias e “solitários” como Amaral. Depois de ingerir muito álcool, Amaral começou a se exaltar, ficou bastante alterado. Ordenou que todos os moradores fechassem suas portas, e repetia sempre “Aqui quem manda é eu. Aqui não tem homem.” Isso durou alguns, até um morador, que também bebia conosco mostrar certa irritação. Pediu que Amaral se acalmasse, tentou algumas vezes enquanto o “bêbado valente” insistia... “Aqui quem manda é eu. Aqui não tem homem.” Não teve jeito, o vizinho tascou um soco no peito de Amaral que caiu de pronto. O vizinho injuriado mandou que ele ficasse de pé e repetisse a ladainha, Amaral não demorou a responder e disse-lhe: “Aqui só tem dois homens, eu e você, Gilson.”

segunda-feira, 5 de março de 2012

E o que restará
depois das velas apagadas
contas pagas
dos sonhos egoístas
e daquele sorriiso sem jeito?
Fora o desafio carregado na sua prática, está reservado ao professsor momentos que lhes permito o jugalmento...

Ao entrar numa turma do 7º ano para lecionar minha aula de Geografia me deparo com um grupo de meninos apelidando uma menina. Era Amnésia pra lá, Amnésia pra cá, me empresta teu lápis, Amnésia. Amnésia faz isso, Amnésia faz aquilo. Foi quando interrompi o zombaria e perguntei se não sab...iam o nome da jovem... Sabemos, Amnésia, logo responderam. Então iniciei um breve diálogo com os jovens na tentativa de conscientizá-los para que tratassem a menina pelo nome. Logo, o mais sapeca de todos foi tratando de justificar o apelido... é que na aula anterior, ninguém tava lembrando do assunto de Ciências, aí a professora perguntou quem estava com amnésia, nesse momento a tal aluna levantou o braço para estranheza da professora que foi questioná-la sobre o esquecimento precoce... Me conte como foi isso minha querida... Foi na feira, Professora, acho que antes de ontem, depois de comer uma coxinha. Uma coxinha, que surpresa, disse a professora, que perguntou como ela sabia que estava com amnésia...

-É que estou indo no banheiro toda hora, professora.